sexta-feira, 4 de setembro de 2009

hey moon, please forget to fall down

tomei fôlego e encarei a lua, que costumava me dar alguma esperança. não sabia pra que serviria o fôlego, sendo que tudo que me restava pra fazer era desmoronar. foi isso que eu fiz, sem me importar muito com quem estava passando na rua. me joguei sobre os meus pés e joguei minha cabeça sobre meu ombro direito. tudo que vinha à minha cabeça era seu nome. o nome que pulsava em meu subconsciente e fazia com que todo primeiro segundo de um dia fosse com lágrimas. o nome que fazia dos meus dias os melhores e das minhas noites, as mais miseráveis. o nome que machucava quando vinha à mente, e que aliviava qualquer dor – menos a que ele causava. o nome que tanto me fez sorrir, tanto me fez chorar. tanto me fez implorar. um vento leve bateu, fazendo com que minha pele se arrepiasse. encolhi minhas pernas e abracei-as, tentando fazer com que cada pedaço do meu corpo ficasse junto. o nome que era como a cola que me manteve junta por tanto tempo. e que agora parecia que não tinha seu poder mais. tentei me manter inteira por mais alguns segundos. arriscar tudo o que você tem é complicado. principalmente quando tudo que você tem é o resto dos seus sentimentos. uma lágrima caiu insistente. eu deixei ela rolar até chegar no meu pescoço. me abracei mais forte, como se a qualquer momento, não ia sobrar nada de mim, já que minha sanidade tinha se esvaído como um floco de espuma no vento. abri os olhos de novo e limpei as lágrimas guardadas pelas minhas pálpebras. me levantei e encarei a lua. que agora estava eclipsada pelas nuvens, duras como o que tinha restado do meu coração.

Um comentário:

Liids disse...

Lindas palavras, Dora. Você escreve muito bem, beeijones .x.x